RUI PIRES CABRAL
Escritor português, Rui Pires
Cabral nasceu a 1 de Outubro de 1967 em Chacim, uma pequena aldeia do
concelho transmontano de Macedo de Cavaleiros. Cedo abandonou a terra
natal para ir estudar num colégio interno em Macedo. Uma parte
importante da sua infância foi constituída pelas visitas de veraneio,
em férias do internato, a Chacim e a Alvites, um outra aldeia, em
Mirandela, onde o seu pai nascera. O contacto que aí foi mantendo com a
natureza veio determinar em absoluto o carácter da sua obra.
Terminando o ensino secundário,
Rui Pires Cabral ingressou na Faculdade de Letras da Universidade de
Coimbra, onde se deixou envolver na política, facto que lamentou mais
tarde. Participou nos movimentos académicos que procuravam demonstrar o
seu desagrado face à situação que o país atravessava e, em 1982, no
decorrer de uma greve estudantil, esteve perto do confronto físico com
as forças policiais. Não obstante a sua irreverência, começou a
publicar alguns dos seus poemas na imprensa estudantil.
Depois de ter concluído os seus
estudos superiores, Rui Pires Cabral tornou-se eventualmente tradutor
de Literatura Anglófona, tornando acessível ao público português
sobretudo a obra de Michael Cunningham.
Publicou o seu primeiro livro em 1985, uma colectânea de poemas intitulada Qualquer coisa estranha . Seguiram-se Geografia das Estações (1994), A Super-Realidade (1995), Música Antológica & Onze Cidades (1997) e Praças e Quintais (2003), Longe da Aldeia, Averno, (2005),Capitais da Solidão, Teatro de Vila Real, (2006),Oráculos de Cabeçeira, Averno, (2009).
Utilizando geralmente um
discurso em primeira pessoa, Rui Pires Cabral serviu-se, na sua obra
poética, de um cosmopolitanismo ciente e despretencioso para
estabelecer um constraste entre o mundo rural que esteve sempre no
centro das suas preocupações, sobretudo quando corre o risco de se
transmutar, graças às consequências da utilização de tecnologias de
ponta. Mais do que ´Pacto de Sangue´, em que trata da solidão dos
expatriados, 'Abril', que põe em evidência a imposição de um passado
histórico, os seus poemas ´Serrim´e sobretudo, 'Suíça', reflectem a
necessidade de estabelecer as verdadeiras prioridades nacionais.Publicou o seu primeiro livro em 1985, uma colectânea de poemas intitulada Qualquer coisa estranha . Seguiram-se Geografia das Estações (1994), A Super-Realidade (1995), Música Antológica & Onze Cidades (1997) e Praças e Quintais (2003), Longe da Aldeia, Averno, (2005),Capitais da Solidão, Teatro de Vila Real, (2006),Oráculos de Cabeçeira, Averno, (2009).
É familiar do também poeta e escritor António Manuel Pires Cabral.
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