quarta-feira, 11 de abril de 2012

Quem é Rui Pires Cabral


RUI PIRES CABRAL
Escritor português, Rui Pires Cabral nasceu a 1 de Outubro de 1967 em Chacim, uma pequena aldeia do concelho transmontano de Macedo de Cavaleiros. Cedo abandonou a terra natal para ir estudar num colégio interno em Macedo. Uma parte importante da sua infância foi constituída pelas visitas de veraneio, em férias do internato, a Chacim e a Alvites, um outra aldeia, em Mirandela, onde o seu pai nascera. O contacto que aí foi mantendo com a natureza veio determinar em absoluto o carácter da sua obra.
Terminando o ensino secundário, Rui Pires Cabral ingressou na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, onde se deixou envolver na política, facto que lamentou mais tarde. Participou nos movimentos académicos que procuravam demonstrar o seu desagrado face à situação que o país atravessava e, em 1982, no decorrer de uma greve estudantil, esteve perto do confronto físico com as forças policiais. Não obstante a sua irreverência, começou a publicar alguns dos seus poemas na imprensa estudantil.
Depois de ter concluído os seus estudos superiores, Rui Pires Cabral tornou-se eventualmente tradutor de Literatura Anglófona, tornando acessível ao público português sobretudo a obra de Michael Cunningham.
Publicou o seu primeiro livro em 1985, uma colectânea de poemas intitulada Qualquer coisa estranha . Seguiram-se Geografia das Estações (1994), A Super-Realidade (1995), Música Antológica & Onze Cidades (1997) e Praças e Quintais (2003), Longe da Aldeia, Averno, (2005),Capitais da Solidão, Teatro de Vila Real, (2006),Oráculos de Cabeçeira, Averno, (2009).
Utilizando geralmente um discurso em primeira pessoa, Rui Pires Cabral serviu-se, na sua obra poética, de um cosmopolitanismo ciente e despretencioso para estabelecer um constraste entre o mundo rural que esteve sempre no centro das suas preocupações, sobretudo quando corre o risco de se transmutar, graças às consequências da utilização de tecnologias de ponta. Mais do que ´Pacto de Sangue´, em que trata da solidão dos expatriados, 'Abril', que põe em evidência a imposição de um passado histórico, os seus poemas ´Serrim´e sobretudo, 'Suíça', reflectem a necessidade de estabelecer as verdadeiras prioridades nacionais.
É familiar do também poeta e escritor António Manuel Pires Cabral.

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